Te passo aquela dor de barriga, a insegurança dos mortais,
o assombro dos filmes de terror, da guerra, do lixo..
Logo não nos acostumamos a viver assim.
Vou me embora para Pasárgada, ou um planeta qualquer,
aquele onde farei as manobras aeronáuticas
mais rápidas como Fernão, voarei na velocidade do pensamento
e escutarei o silêncio ao meu redor como algo novo e vil.
Quando perguntarem de mim, podem responder sem medo:
"Está num mundo só seu, onde ninguém colocou os pés.. O céu lá é verde, existe corações derretidos e quadros surrealistas. Nossa imagem dentro de molduras é defasada e difusa como de quem morre e é esquecido, mas não será atrevimento algum que o farão entrar, amigos!"
Grotesco! - pensei.
Um viva ao fim! - gritei.
Tuesday, December 04, 2007
Monday, December 03, 2007
retratos do indefinido
Eu acordei com pressa, acordei pronta como quem já acorda vestido.
corri sem pensar, sem olhar para trás e dizer um adeus..
fui podre e carniceiro nas escolhas, quem não é um dia?
te olhava com pena sem entender, viajei mil léguas e não encontrei o que procurava,
mas quando percebi, achei minha réplica.
Deitados na grama não entendiamos o que estava acontecendo naquele momento,
me vi curiosa a cerca de ti, querendo esquentar seu olhar frio e tirar toda tristeza..
Logo o espelho estava em minha frente, eu e minha réplica, ambos com olhares vazios,
ambos calados e misteriosos, escondendo verdades e sentimentos..
Rindo e sorrindo como loucos, como confortados em meio a algo parecido com a paixão.
Dissemos lindas palavras, e me pergunto até que ponto foi sincero?
Quem sabe a mentira te conforta por segundos, mas quem sabe eu seja uma vã sabichona
e tudo que eu escrevo não tenha nexo com o que se passa com minha réplica.
Em todo caso eu gosto do carinho que ela me passa, dos beijos, dos pedidos..
Eu queria mais, só que para tê-la são tantas as armadilhas que teria de enfrentar,
eu queria me acalmar, dormir por meses, conseguir ler como antes.
Como conseguem? Como conseguem viver sem melodramas!
corri sem pensar, sem olhar para trás e dizer um adeus..
fui podre e carniceiro nas escolhas, quem não é um dia?
te olhava com pena sem entender, viajei mil léguas e não encontrei o que procurava,
mas quando percebi, achei minha réplica.
Deitados na grama não entendiamos o que estava acontecendo naquele momento,
me vi curiosa a cerca de ti, querendo esquentar seu olhar frio e tirar toda tristeza..
Logo o espelho estava em minha frente, eu e minha réplica, ambos com olhares vazios,
ambos calados e misteriosos, escondendo verdades e sentimentos..
Rindo e sorrindo como loucos, como confortados em meio a algo parecido com a paixão.
Dissemos lindas palavras, e me pergunto até que ponto foi sincero?
Quem sabe a mentira te conforta por segundos, mas quem sabe eu seja uma vã sabichona
e tudo que eu escrevo não tenha nexo com o que se passa com minha réplica.
Em todo caso eu gosto do carinho que ela me passa, dos beijos, dos pedidos..
Eu queria mais, só que para tê-la são tantas as armadilhas que teria de enfrentar,
eu queria me acalmar, dormir por meses, conseguir ler como antes.
Como conseguem? Como conseguem viver sem melodramas!
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