Friday, May 23, 2008

Rodas da Vida

Que mulata mais quente!

Veja os olhos de nossa gente

Parece até dia de enchente

Saem de suas casas com jeito descrente


Essa mulata é da vida

Uma podre de uma vadia

Tão pobre, ainda sorria

Buscando uma vida de harmonia


Ela quer mudar seu destino

Canto para ela e não desafino,

A mulata tem coragem, tem ritmo.


Mas o grande preconceito ganha assento

Não mais escrava, se perde num momento

Na casa de Deus não encontrou seu convento

Morreu sozinha, em busca do isolamento.