Que mulata mais quente!
Veja os olhos de nossa gente
Parece até dia de enchente
Saem de suas casas com jeito descrente
Essa mulata é da vida
Uma podre de uma vadia
Tão pobre, ainda sorria
Buscando uma vida de harmonia
Ela quer mudar seu destino
Canto para ela e não desafino,
A mulata tem coragem, tem ritmo.
Mas o grande preconceito ganha assento
Não mais escrava, se perde num momento
Na casa de Deus não encontrou seu convento
Morreu sozinha, em busca do isolamento.