Friday, February 06, 2009

Utopias de Abertura

Nuvens cinzas, perdidas na imensidão do céu azul

do branco forte que faz cegar meus olhos escuros e não sensíveis.

Peço a vós que fechem-se, para que minha alma se entoe ao seu cinza

e unam-se numa cor só, e que assim eu posa gozar no céu celeste todo

o esplendor de uma visão alta e superior.

Os pássaros não notarão minha presença e continuarão a voar

e brincar em plena paz, na estrada que é só deles e de ninguém mais.

Verei de cima as tristezas e alegrias do homem, sem julgá-los.

Anotando assim, somente as coisas boas,

das quais minha geração precisa e teme logo se extinguir.

Farei das frases versos e destes um hino.

Logo, haverá amores, ternuras e paz para se lembrar e passar a diante.

Este hino será a marcha para o fim da desigualdade entre classes, credos e cor.

Os jovens falarão do amor como já se foi falado décadas atrás, porém não

Abandonarão a ideologia se uma falsa ordem em seu país, se estabelecer.

A mensagem estará nos ouvidos de seus filhos, e nos filhos destes.

E eu, mesmo após de morta, estarei nos corações vermelhos dos socialistas,

Romancistas e de outros que perceberem que a razão da vida não está

Muito além de amar ao próximo.